Games não são arte?
Em entrevista à revista americana PlayStation Magazine, Hideo Kojima, criador da série "Metal Gear", afirmou que os jogos não são arte. A declaração faz ressonância à opinião do crítico de cinema Roger Eberts, que refutou a condição de arte dos games, devido à sua natureza, que requer escolha dos usuários, em oposição aos filmes e livros sérios, em que o controle autoral é essencial.Kojima diz que os jogos incorporam elementos artísticos, mas não podem ser consideradas obras artísticas, pois estas têm características individuais do autor, e um jogo é um trabalho de equipe. O criador de "Metal Gear" acredita que os jogos são uma espécie de serviço oferecido aos consumidores, mas o jeito de que isso é feito tem um estilo artístico.
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6 Comentários
Como estudante de artes plásticas, queria dizer que antes de debatermos sobre o fato dos games serem, ou não serem, 'arte', precisamos definir O QUE É ARTE. Não se define arte, apenas se estuda e se debate. É preciso que o kojima explique qual é o seu conceito de arte. Para mim, alguns games, pelo fato de buscarem uma linguagem nova, sempre, e convergindo (ou pelo menos experimentalizando) tantas expressões artísticas distintas (artes cênicas, música, desenho, gravura, animação, escultura, etc, etc, etc), são arte, sem qualquer dúvida!
Lembrem-se de que nos dias de hoje, na pós-modernidade, posso colocar um rato numa caixa de sapatos e conceitualizar. Hoje em dia, o conceito vem em primeiro lugar, portanto, essa obra-prima das experiências lúdicas digitais (hahaha! tudo para não impregnar da palavra GAME), a série Metal Gear, é uma arte tão fantástica que - dando uma profetizada básica - ainda se passarão muitos anos, até que o grande público passe a VER a arte dessa maneira.
Quer saber, mesmo? Pensando bem, essa questão não muda nada, pois o importante é que, através de um determinado game, uma pessoa pode ficar muito mais sensibilizada sensorial e emocionalmente, do que um quadro de Tintoretto, por exemplo.
Caraca, mandou muito bem... bem mesmo. Sensacional!
valeu! :-D
Quanto ao comentário do Kojima: "Kojima diz que os jogos incorporam elementos artísticos, mas não podem ser consideradas obras artísticas, pois estas têm características individuais do autor, e um jogo é um trabalho de equipe.", tenho a dizer o seguinte:
O trabalho de uma das maiores artistas brasileiras (e
mundiais) de todos os tempos, Lygia Clark, foi feito exclusivamente
para ser usado, manipulado e sentido pelas pessoas.
Sem as pessoas, eles não servem pra nada.
Poderia dar inúmeros exemplos aqui. Arte é algo que
vai além dos dicionários, da wikipedia, de definições
simplistas. É algo que não se define, se debate, se
vive. Até uma banana podre pintada de roxo pode ser arte, portanto, não
vejo porque um game, pelo fato de ser manipulado pelas
outras pessoas, deixe de ser arte - PELO CONTRÁRIO, é
justamente essa característica que faz do game uma
obra de arte especial, indo além do cinema, da
literatura, da imagética tradicional de tudo o que é
considerado 'ARTE'.
Caro amigo
Você não quer escrever um artigo pro GameReporter com o seguinte tema: Game é arte!
Abs
Entre em contato comigo pelo e-mail: dolemes@gmail.com ou Skype: dolemes
Gazel pra Colaborador!!!!
Adorei o texto!
:)
Pessoal do GameReporter:
parabéns pela iniciativa. O site é muito interessante, bastante atualizado com diferentes tipos de informações sobre o universo dos games. Parabéns!!! Discussões como as deste e dos outros tópicos são muito legais e importantes. É , sem dúvida, uma fonte muito útil e importante para todos nós que pesquisamos e gostamos de games. Vamos divulgá-lo mais!
abraços, boa sorte e até breve,
Nesteriuk
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