Games chamam a atenção da universidade no Brasil
Professores e estudantes discutem as pesquisas sobre jogos eletrônicos no 1º Festival Universitário de Games
Filipe Serrano, do Link
Jogos eletrônicos são muito mais do que diversão para os pesquisadores e estudantes que estarão reunidos, de 1 a 4 de junho, no 1º Festival Universitário de Games, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para a coordenadora Mirna Feitoza, os jogos “também são uma forma de conhecimento”.
O evento foi organizado por um grupo de professores da PUC-SP que estuda os jogos de computador e videogame. O objetivo do festival é mapear as pesquisas sobre games nas universidades do Brasil.
O primeiro debate do Festival vai discutir em que pé estão os estudos. Segundo os palestrantes Luís Carlos Petry, da PUC-SP, e Delmar Galisi, da Anhembi-Morumbi, há trabalhos sendo feitos no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro.
Para Petry, “a qualidade dos estudos pode ser comparada com a dos europeus”. O problema é a quantidade: falta financiamento. “Temos um mercado grande, mas não há capital humano para uma indústria dos games no Brasil”, disse Galisi.
No festival, foram 24 trabalhos inscritos em quatro categorias: projeto, jogo pronto para rodar, demo (game incompleto para demonstração) e mod, versões modificadas de jogos que já existem. Porém, só foram aceitas as criações feitas em cursos universitários.
Durante os quatro dias do festival, todos terão um tempo determinado para explicar e discutir o seu trabalho. O melhor jogo de cada categoria ganhará um certificado do júri. Além disso, o evento terá palestras e workshops.
Os estudantes Pedro Guimarães, Laís Formiga, Ronaldo Rezende Neto, Alun Rees, Frederico Marinho e Leandro Tramontina, da Anhembi-Morumbi, participam com quatro jogos. São dois demos, um teaser, que é um vídeo de um jogo, e o game Annunaki, em produção, que se passa na Espanha de 1630.
Outro projeto curioso é uma versão alterada do The Sims 2 em que tudo acontece dentro de uma academia de musculação. Não é um game, mas apenas uma animação. André Soares, 22 anos, um dos três alunos da Belas Artes que desenvolveram a idéia, tentou oferecê-la para os fabricantes do The Sims original, mas ela não foi aceita.
A maioria dos games é de São Paulo. Mas estudantes de outros Estados também se empolgaram. Rio Grande do Norte, Piauí, Goiás e Santa Catarina estão presentes no festival.
Um deles é o Mansão de Quelícera, criado por pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Ana Beatriz Bahia, uma das participantes, explicou que o game ensina crianças e jovens como olhar e analisar obras de arte.
O goiano Ricardo Lima, 20 anos, está inscrito com um jogo para celular parecido com o Worms, só que os personagens são arqueiros e o objetivo é defender um castelo.
Serviço
1.º FESTIVAL UNIVERSITÁRIO DE GAMES
LOCAL | Campus Consolação (PUC-SP)
ENDEREÇO | R. Marquês de Paranaguá, 111, Consolação
QUANDO | De 1 a 4 de junho
HORÁRIO | Das 9 às 20 horas
SITE | www.pucsp.br/festivalgames
DETALHES | A entrada é gratuita, mas é melhor fazer a inscrição no site e chegar 30 minutos antes do início das palestras, workshops ou apresentações. O Festival se realiza dentro do 1º Congresso Internacional de Estéticas Tecnológicas. Os dois são organizados pelo grupo CSGames, da PUC-SP, que estuda jogos eletrônicos. Eles têm pesquisas sobre linguagem e narrativas dos games, além de analisar a influência deles nas pessoas.
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2 Comentários
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