14.3.06

Histórias de jogador

Se nerds se encontrassem em bares, fora da Internet, essas histórias certamente seriam contadas

Por Rodrigo Martin

Quando dizem que a Internet é o portal do mundo bizarro eu entendo o porquê. Nem em bar de pescador circulam tantas histórias inusitadas como rola na Rede e não sabemos em qual podemos realmente acreditar. Eu prefiro acreditar em todas, já que as que recebo me rendem boas risadas e algumas vezes me lembram fatos reais. Que jogador de videogames nunca pulou o muro da escola ou virou uma noite apenas para poder jogar mais? Quem nunca torrou a grana da mesada alugando um game e passou o fim de semana tentando chegar ao final dele?

Mas tem histórias que merecem um destaque maior e não me refiro a histórias de pessoas que apenas deixaram de sair ou perderam a mesada jogando. Refiro-me a histórias não usuais, de pessoas que desconheço, amigos de amigos meus, mas que não são impossíveis de terem acontecido. Histórias essas que como a do garoto do Dreamcast (que circulou tempos pela Internet), trouxe risos e uma sensação de normalidade incomum atribuída à minha pessoa.

Um amigo meu então me contou a história de um conhecido de 17 anos que, sem dinheiro para jogar Counter Strike, vendeu todas suas cartas de Magic e uma TV velha de 14 polegadas de sua avó. O investimento parece ter valido a pena, já que hoje o garoto é patrocinado por uma LAN House e não precisa pagar mais pelas horas jogadas.

Agora, o caso mais bizarro foi o de um camarada meu que, para melhorar as habilidades no Counter e conseguir dicas com caras que entendem muito do assunto, criou uma identidade feminina. Como todo mundo ajuda garotas indefesas, ele aprendeu muito desde então e hoje participa de campeonatos, sem que ninguém saiba quem ele realmente é. Ele usava a libido de marmanjos viciados a seu favor e quando não precisava mais de ajuda, sacaneava os caras.

"Uma vez descobriram que eu era um garoto. Meu irmão arranjou tudo e zoamos o computador do cara", comenta o menino que hoje tem onze anos.

Ele afirma que não precisa mais disso, mas confessa que ainda mantém uma "amizade" com um expert em Counter-Strike que ensina coisas extras para melhorar seu desempenho em jogos no seu próprio clan. Com uma identidade feminina ele aprendeu a maioria dos truques que sabe hoje, e que não são poucos, ele garante.

Difícil mesmo era sair dos convites dos espertalhões que insistiam em querer ligar para sua casa e ouvir sua voz. "Ainda colocarei a minha irmã para falar com eles", prometia. Quando pergunto se ele quer chegar a nível profissional, ele diz: "Não quero ser profissional não, faço isso apenas por diversão!".

E você? Tem alguma história desse tipo para contar? Então pode comentar aqui que nós também queremos rir!

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3 Comentários

At 15/03/2006, 07:51, Anonymous Anônimo disse aqui no GameReporter.org...

Hahaha, muito bom o seu post, mas existem histórias cabulosas também em MMORPGs onde coisas do mundo virtual afetaram o mundo real e outras de pura sacanagem dentro dos games mesmo.

 
At 15/03/2006, 17:09, Blogger Dolemes disse aqui no GameReporter.org...

Você conhece alguma história de MMORPGs? Conte aqui para a gente.

 
At 03/05/2006, 18:35, Anonymous Anônimo disse aqui no GameReporter.org...

Ola Dolemes, nunca mais vi este post..., achei hoje dando uma olhada no google..., ai vai uma história que me contaram do jogo Tibia...
No jogo existe uma espada que é muito forte (desculpe, pois nao conheco os nomes das armas) que apenas alguns privilegiados tinham. Um jogador brasileiro possuia uma dessa espada e a queria vender, entao um monte de gente quis comprar mas o dono da espada disse que apenas vendia para outro jogador brasileiro. Com esta condição, um grupo de jogadores americanos conversou com um outro jogador brasileiro para comprar a espada e repassar aos americanos, o jogador brasileiro aceitou essa "proposta" e recebeu uma "grande" quantia de ouro para comprá-la do vendedor. Depois de feita a compra, os americanos foram buscar a espada e na hora de entregar, o brasileiro "matou" todo mundo e ficou com a espada pra si. Pelo que me disseram, em Tibia nao se confia em ninguem...

abraço...

 

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